quinta-feira, 12 de junho de 2008

Pesquisa do grupo Abril denuncia novo "Movimento Feminino"


Já convicta da obrigação de desempenhar magistralmente as múltiplas funções que a sociedade lhe impôs, a mulher moderna está começando a dispensar uma maior atenção para alguém que foi, relativamente, deixada de lado no conjunto de sua atribulada rotina: ela própria. Essa é uma das principais conclusões à qual chegou a Editora Abril com o projeto de pesquisa 'Movimento Feminino', realizado entre os meses de dezembro de 2007 e janeiro de 2008.

A partir de uma amostra de quase duas mil pessoas, residentes em sete estados brasileiros, a pesquisa teve o objetivo de traçar um cenário atualizado dos objetivos, frustrações e pensamentos das mulheres contemporâneas pertencentes às classes sociais A, B e C, com idades entre 18 e 49 anos. De acordo com os números obtidos, as mulheres contemporâneas estariam vivenciando uma espécie de retrocesso, na qual a preocupação com a família e o lar ganha uma importância maior na consideração dos ideais e projetos de vida femininos.

"A mulher está ampliando os seus conceitos de independência e de realização. Para elas, assim como a plena estabilidade profissional, já figuram importantes a satisfação pessoal e espiritual e a valorização das relações sociais", aponta o presidente executivo do Ibope, Nélson Marangone. Ele também diz que, em todas as classes analisadas, as mulheres mostram-se mais dispostas a novidades, menos preconceituosas e mais propensas a atender seus anseios momentâneos do que delimitar projetos em longo prazo.

No que tange ao universo dos desejos materiais destas mulheres, o Ibope conseguiu traçar quatro novas categorias de consumidoras, que efetuam suas compras movidas pelos seguintes impulsos: o do preço (geralmente mulheres casadas, com filhos, com idade entre 35 e 44 anos, que julgam importante a pesquisa por menores custos); o da diferenciação (mulheres com faixa etária entre 35 e 49 anos, que visam, em primeiro lugar, destacar-se entre as demais por meio da compra de acessórios e objetos que as permitem ter um estilo próprio e moderno); o da inclusão (mulheres mais jovens, que buscam enquadrar-se nas atuais tendências da moda para valorizar sua condição feminina) e, finalmente, o da indulgência (que abrange uma fatia de mulheres que assimilam a compra como um ato de prazer e que fazem aquisições, muitas vezes, supérfluas).
Outro ponto destacado pela pesquisa, também, foi uma crescente aproximação dos objetivos e pensamentos das mulheres da classe C com os das mulheres da classe AB. O estudo também dedicou uma análise qualitativa com um grupo feminino considerado da classe AA a fim de estabelecer uma possível direção para a qual tendem a caminhar as próximas gerações de mulheres.

|Via m&m online

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